
Historial A diocese de Viseu é uma das mais antigas do País. A primeira referência documental a um Bispo viseense - Remisol Episcopus Visensis – data de 572, no II Concílio de Braga, mas a posição da assinatura, a seguir ao metropolita de Braga, remete-nos para uma fundação mais antiga, anterior ao I Concílio, realizado em 561. Na época a circunscrição diocesana era muito extensa, abrangendo grande parte da zona centro, até à Cidade Rodrigo. Na sequência da conquista muçulmana, em 713-714, foi destruída a primitiva Catedral. A cidade foi retomada pelos cristãos em 880 e restaurou-se a diocese, mas nos finais do séc. X Almansor recuperou o domínio muçulmano sobre Viseu. Após a reconquista definitiva por Fernando Magno, em 1058, o depauperamento em que se encontrava a região determinou que a diocese fosse anexada à de Coimbra, passando a Sé a ser governada por priores, nomeados pelo bispo conimbricense. O segundo prior, D. Teotónio (1082-1162), é o padroeiro da diocese de Viseu. Em 1147 D. Afonso Henriques restaurou a diocese de Viseu, escolhendo para seu prelado D. Odório. Em 1770, as fronteiras da diocese, que na altura compreendia duzentas e noventa paróquias, foram consideravelmente truncadas, tendo-lhe sido desanexados os arciprestados de Castelo Mendo, Pinhel e Trancoso, que compreendiam noventa e duas paróquias. Estas, com outras pertencentes à diocese de Lamego, integraram o novo bispado de Pinhel. Posteriormente, foram anexadas a Viseu as igrejas de Santa Comba Dão, São Joaninho e Couto do Mosteiro, que até aí pertenciam ao aro da diocese conimbricense. Em 1932, com a restauração da diocese de Aveiro, o bispado de Viseu foi novamente amputado, perdendo as seis paróquias pertencentes ao concelho de Sever do Vouga. |